segunda-feira, 25 de março de 2019

Celebração de Sétimo Dia em memória do Sr. José Cordeiro


José Cordeiro da Silva

✩ 19/03/1946
♰ 19/03/2019

Os familiares de José Cordeiro da Silva convidam a todas e todos a participarem nesta segunda feira, dia 25 de março de 2019, da Celebração de Sétimo Dia, que acontecerá na Igreja São José Operário, no bairro da Bananeira, às 19:00 da noite.

quinta-feira, 21 de março de 2019

ZÉ CORDEIRO - UM DOS FUNDADORES DO BAIRRO DA BANANEIRA





José Cordeiro da Silva

✩ 19/03/1946
♰ 19/03/2019







José Cordeiro da Silva nasceu no dia 19 de março do ano de 1946 em Itabuna - Bahia, filho de Crescêncio Alves Cordeiro e a Florentina de Jesus Nagô de Cachoeira de São Félix do Recôncavo Baiano de Santo Amaro. O seu avô chamava-se João Fogo Azul e a avó Maria Siliaca, descendentes de Índios e Negros.

Chegou em Jacobina no ano de 1953 na Comunidade da Bananeira onde encontrou apenas cinco casas, rio, mata, bananal, um alambique de cachaça e dois curtumes. Começou a trabalhar com a idade de oito anos, andava de trem para cortar mamona e vendia para comprar rapadura. Aos 15 anos foi plantar roça de aipim, mandioca e cuidava das bananeiras. Ganhava somente 500 réus por dia, muito sofrimento para ganhar pouco.

Se formou Mestre de Obra e em arquitetura e construiu inúmeros prédios e casas em Jacobina, entre eles o Centro de Educação Integrada e as Casas Populares da Boiadeira. Foi fiscal do Loteamento Alexandre Neto do bairro da Bananeira. Também construiu a Igreja São José Operário na Rua João Batista Gondim junto a Pd. José, Irma Maria Alice e Irma Alzira, entre outros.

Casou-se em 1970 com Maria Luiza Moreira da Silva, a qual nasceu no município de Baixa Grande em 1949, filha de Seu Simão e Dona Domitilha Moreira, que veiou morar com ele em Jacobina, primeiramente na Rua São Benedito e mais tarde na Rua Paulo Dantas no bairro da Bananeira. O casal teve 11 filhos, sendo Edna, Edineide, Edineusa, Edivania, Adriana, Benedito, Umberto, Jucelino, José, Gilmar e Jean César, conhecido como Vereador Júnior de Todos.

A partir dos anos 80a intensificou sua atuação com associações e movimentos sociais, passando essa dedicação para os filhos. Em 1977, com a chegada do Padre José, a Comunidade começou a desenvolver-se mais. Cordeiro foi membro fundador da associação do bairro ACABANA e das associações comunitárias de água ACRJ e AC Jaraguá e da Grota do Brito. Ele contribuiu significativamente para que hoje a COMUNIDADE DA BANANEIRA DE JACOBINA É RECONHECIDA COMO COMUNIDADE QUILOMBOLA.

Zé Cordeiro foi um grande liderança do bairro e conhecedor e guardião da cultura afro-brasileira, referência para o Samba de Roda, Reisado, os Ofícios, Terços e rituais da Semana Santa, dos Tambó dos Terreiros e do Candomblé. Animava as celebrações religiosas do bairro e bateu o sino da igreja São José Operário até seus últimos anos de vida.

Zumbi herói nacional

Em 21 de março de 1997, Zumbi dos Palmares teve seu nome inserido como herói nacional no Livro de Aço dos Heróis e Heroínas Nacionais. Localizado na Praça dos Três Poderes em Brasília, o memorial Panteão da Pátria Tancredo Neves abriga o livro de aço que homenageia  personalidades de grande destaque nacional.

Atualmente o livro é composto por 62 nomes de personalidades consideradas fundamentais na construção histórica do Brasil. Para ter o nome incluso nas páginas de aço é necessário que a Câmara Legislativa e o Senado Federal aprovem um projeto de lei com pedido de inclusão no livro.

Através da Lei n° 9.315de 20 de novembro de 1996, data da consciência negra, o projeto de lei sancionou em comemoração ao tricentenário da morte de Zumbi dos Palmares a inscrição de seu nome no Livro dos Heróis da Pátria. Além de Zumbi, nomes como Francisco Jose do Nascimentotambém conhecido como Dragão do Mar, líder abolicionista no Ceará; Luiz Gama escritor, advogado e jornalista que batalhou pelo fim da escravidão e Maria Felipa de Oliveira, guerreira negra e símbolo da resistência que lutou pela independência da Bahia, compõe o livro de aço.

A participação de heróis e heroínas negras no livro de aço salienta a importância da notoriedade para essas personalidades que contribuíram para a luta contra a escravidão em prol da resistência e emancipação do Brasil.

Zumbi dos Palmares

De filho da Serra da Barriga a Herói Nacional

Por: Tiago Cantalice – Coordenador de Proteção do Patrimônio Afro brasileiros FCP

Há 320 anos morria Zumbi, assassinado após uma longa batalha contra os bandeirantes, enviados para desfazer o Quilombo dos Palmares e recapturar as mulheres e homens negros que haviam encontrado, na Serra da Barriga, um território de liberdade, distante daquele que, talvez, seja o maior crime de lesa-humanidade já registrado na história: a escravidão colonial.

Zumbi era neto de Aqualtune, princesa congolesa, trazida ao Brasil como escrava após ser derrotada pelos Wachagas na Batalha de Mbwila. Após um período trabalhando em uma fazenda em Recife, toma conhecimento da existência de um mocambo formado por negros fugidos. O desejo de liberdade e a coragem de Aqualtune a leva a, juntamente com outros escravos, se insurgir contra a casa-grande e fugir em direção à Palmares.

Já na Serra da Barriga, sua ascendência real é reconhecida e ela torna-se uma liderança do quilombo. Aqualtune tem, então, três filhos: Zumba, Zona e Sabina. Zumba assumiu a posição de herdeiro do reino de Palmares e o título de Ganga Zumba.

Ele governava o maior dos quilombos de Palmares, o Cerro dos Macacos, presidia o conselho de chefes dos mocambos e era considerado o Rei de Palmares, que nessa época reunia um conjunto de quilombos, formando uma espécie de Confederação. Os outros nove assentamentos eram comandados por seus irmãos, filhos ou sobrinhos.

Seu reinado começou a declinar em 1677 quando, após ataque liderado por Fernão Carrilho, dezenas de pessoas foram presas, inclusive dois de seus filhos, Zambi e Acaiene, e outro deles, Toculo, foi morto. Nesse confronto, Ganga Zumba também saiu ferido.

No ano seguinte, Ganga Zumba aceita selar um acordo com o Governador da Capitania de Pernambuco, Aires Sousa e Castro. Por esse tratado, o governo pernambucano reconhecia a liberdade de todos os negros nascidos em Palmares e concedia a utilização dos terrenos localizados na região norte de Alagoas, no Vale Cucuá. Este tratado não foi bem visto por vários integrantes do quilombo, incluindo Zumbi. A disputa interna, então, se acirrou e Ganga Zumba morreu envenenado.

Zumbi, que tinha se insurgido contra esse acordo, não aceitava negociar com as autoridades e preferia sustentar a situação de conflito.  Tornou-se, então, o novo e último líder do quilombo dos Palmares, que já reunia mais de 20 mil pessoas.

Durante 17 anos, Zumbi comandou o maior quilombo de todo o período colonial da América Latina, do mesmo local que o viu nascer e crescer. Substituiu a estratégia de defesa passiva por um tipo de estratégia de guerrilha, com a prática de ataques de surpresa a engenhos, libertando escravos e apoderando-se de armas, munições e suprimentos, o que passou a incomodar não só aos senhores de engenho, mas o próprio governo colonial.

Em fevereiro de 1694, o mocambo dos Macacos foi atacado pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, que liderava um agrupamento constituído por cerca de seis mil homens fortemente municiados. Nesta ofensiva, Zumbi foi ferido, mas conseguiu escapar, juntamente com outros palmarinos, se refugiar (provavelmente na Serra Dois Irmãos) e continuar lutando. Após quase dois anos do ataque sofrido, Zumbi é traído e surpreendido pelo Capitão Furtado de Mendonça, sendo morto em 20 de novembro de 1695.

O Quilombo dos Palmares resiste ainda algum tempo, mas é completamente destruído no ano de 1696, quase um século após a data de sua fundação, firmando-se na história como o primeiro grande espaço de luta contra a colonização e a escravidão.

A data da morte de Zumbi, descoberta por historiadores, no início da década de 1970, foi alçada como símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por direitos que seus descendentes reivindicam, durante um congresso do Movimento Negro Unificado (MNU), em 1978.

Durante a Constituinte que resultou em nossa atual Carta Magna, as organizações do movimento negro se fortaleceram e conquistaram reconhecimento e espaço nos âmbitos de discussão e decisão política, o que se percebe pelos marcos legais que foram promulgados, não sem constante luta, desde então, como:

  • A Lei n.º 716/1989, que ficou conhecida como Lei Caó em homenagem ao seu autor, o deputado Carlos Alberto de Oliveira, e define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor;
  • O Decreto n.º 228/ 2002, que institui, no âmbito da Administração Pública Federal, o Programa Nacional de Ações Afirmativas;
  • O Decreto n.º 886/2003, que institui a Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial (PNPIR);
  • O Decreto n.º 887/2003, que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
  • A Lei nº 639/2003, que instituiu a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio; e
  • A Lei n.º 288/2010, que institui o Estatuto da Igualdade Racial.
  • A Lei nº 711/2012, que determina a reserva de cotas para o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio a pessoas autodeclaradas pretas, pardas ou indígenas.

A história e a figura de Zumbi serviram de inspiração e atuam como símbolos de todas essas conquistas. A Fundação Cultural Palmares (FCP), criada pela Lei n°. 7.668/1988e cuja finalidade é promover a preservação dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira, também se sente herdeira de seu legado.

Em reconhecimento a isso, a presidenta da FCP, Cida Abreu, afirmou que, em parceria como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), indicará a Serra da Barriga, berço do Quilombo dos Palmares (localizada em União do Palmares, no estado de Alagoas), à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para se tornar Patrimônio da Humanidade, devido ao fato de ser um símbolo mundial de luta por igualdade e liberdade.

O Dia da Consciência Negra, criado em 2003 e instituído oficialmente em 2011, pela Lei 12.519, e declarado feriado em mais de mil municípios brasileiros, é uma data a ser celebrada ininterruptamente e a memória de Zumbi dos Palmares algo a ser expandido continuamente.

Fontes:

https://bit.ly/2HGumVS

https://bit.ly/1Pk6Pr3

 

segunda-feira, 18 de março de 2019

Conselho de Promoção da Igualdade Racial torna-se realidade em Jacobina


Como desdobramento da lei municipal nº 1.540/2018 da autoria do Vereador Júnior de Todos, a Prefeitura de Jacobina, através da Secretaria Municipal da Educação e Cultura e Secretaria de Assistência Social, comunicou no último dia 14 por meio de publicação no Diário Oficial do Município a toda sociedade jacobinense, o ato de criação do Conselho e do Fundo de Promoção da Igualdade Racial, que foi instituído e assinado pelo Prefeito Luciano Pinheiro, por meio do decreto de lei número 049 de 12 de março de 2019.


A lei municipal nº 1.540 de 20 de novembro de 2018, que é a Política Municipal de Promoção da Igualdade Racial, visa reduzir as desigualdades raciais nos campos econômico, social, político e cultural, com ênfase na população negra e outros segmentos étnicos da população jacobinense, combater o racismo, o preconceito, a discriminação e a xenofobia, mediante a elaboração e o desenvolvimento de políticas de promoção da igualdade racial.


Em vários momentos, nos últimos trés meses, um Grupo Articulador debateu sobre a constituição representativa do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial e a redação do texto propositivo que estabelece efetivamente o conselho. Fizeram parte do Grupo Articulador: André Sampaio- Secretário da Educação e Cultura, Márcia Pereira- gestora do NAPp, Igor Fagner- Diretor de Cultura, Ronildo Andrade- Secretário de Planejamento, Karla Geane- Diretora de Turismo, Rita de Cássia Mota e Maria Glória de Nascimento- APLB, professora Maria Goretti dos Santos- Povos Kiriris, Antônia Euza Carneiro e Quele Oliveira- MPED, Laudicéia Santos e Sabrina Lima- Comunidade Cigana Calon, Marivaldo Júnior- Povos de Terreiro e Sociedade Civil, Geronilde Lima- Conselho Municipal de Educação, Maria Dalva Macelina do Ramo- Associação Quilombola da Grota do Brito e Associação Afro Brasileira Quilombo Erê, Markus Breuss- Assessor do Vereador Júnior, e o próprio Edil Júnior de Todos, entre outros colaboradores.

Trata-se de um momento histórico que abre novas perspectivas para a inclusão social e participação efetiva na politica municipal dos povos e comunidades tradicionais em Jacobina. Representantes do Movimento Negro, de Comunidades Quilombolas, de entidades religiosas de Matriz Africana, empreendedores negros, mulheres negras e da juventude negra, além de representantes de comunidades indígenas e ciganas de Jacobina, têm seus assentos garantidos nesse importante grêmio municipal. Com essa lei e o decreto, Jacobina deu um passo em frente e servirá de exemplo para outras prefeituras da região.


O próximo desafio será a articulação e sensibilização das comunidades tradicionais para que as mesmas venham assumir o protagonismo nesse conselho.


Seguem os links do decreto 049/2019 e da lei municipal nº 1.540/2018 para download.

sexta-feira, 8 de março de 2019

Dia Internacional da Mulher no Quilombo Erê



Comemoração do

Dia Internacional da Mulher no Quilombo Erê

08 de março de 2019, a partir das 18:40.

Local: Centro de Convivência Quilombo Erê, Rua do Rosário, Bananeira.


Programação:
  • Palestra Empoderamento da Mulher- Direito e Conquistas (CRAS);
  • Programas destinadas à Mulher através do CRAS Centro;
  • Jovens Aprendiz, Bolsa Família, Assessória Jurídica;
  • Entrega dos Certificados das Mulheres do Curso de Pintura em Tecido (SENAC)

Realização: Associação Afro Brasileira Quilombo Erê – Atabaque; participação CRAS (Coordenadora Iana) - PMJ; Vereador Júnior de Todos.